quarta-feira, 19 de março de 2014

Dilma é Lula. Lula é Dilma

Dilma é Lula. Lula é Dilma.

Sempre tentei separar as coisas, por mais dissimulada que Dilma Rousseff seja. Pois, acreditava eu, por exemplo, que a turma que cercaria Dilma Rousseff não seria a mesma turma capaz de quebrar o sigilo bancário de um caseiro, como a turma que cercou Lula foi.

A turma que cercou Lula quebrou o sigilo bancário de Francenildo Santos Costa e foi encabeçada pelo, à época, ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Antonio Palocci também era acusado de chefiar um esquema de corrupção quando foi prefeito de Ribeirão Preto. Antonio Palocci foi demitido por Lula.

Como me aventurei a duvidar do caráter-político dos petistas, Dilma Rousseff me surpreendeu.

Em 2010, Dilma Rousseff nomeou Antonio Palocci como ministro da Casa Civil. Em 2011, uma reportagem de Folha de S. Paulo apontava que o então ministro multiplicou seu patrimônio por 20, atuando como consultor. Ainda segundo Folha de S. Paulo, "em apenas quatro anos, ele subiu de R$ 375 mil para R$ 7,5 milhões, incluindo um apartamento de R$ 6,6 milhões em São Paulo." Os números são assustadores. Antonio Palocci pediu demissão da chefia da Casa Civil e do cargo de conselheiro da Petrobras.

Aliás, a Petrobras é o que mais me afugenta.

Em 2005, Delcídio Amaral já alertava para um relatório do TCU que indicara um superfaturamento de R$ 2 bilhões em obras da Petrobras.

Em 2006, outra reportagem de Folha de S. Paulo apontava que cinco empreiteiras associadas da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), que mantinham contratos com a Petrobras, doaram, juntas, R$ 2,5 milhões para políticos do PT. A Abemi, então, era presidida por Ricardo Ribeiro Pessoa. Ricardo Ribeiro Pessoa também era proprietário da UTC Engenharia, que doou R$ 1,3 milhão para políticos do PT. A maior parte das doações da UTC Engenharia foi para Delcídio Amaral. Uma mera coincidência.

Volto a Lula. Volto à Dilma Rousseff. Ainda na Petrobras. Ainda em 2005. Ainda em 2006.

Em 2005, a empresa Astra Oil comprou a refinaria Pasadena Refining System por US$ 42,5 milhões.

Em 2006, a empresa Astra Oil vendeu 50% da mesma refinaria Pasadena Refining System à Petrobras por US$ 360 milhões. Calculando rapidamente, nota-se que a Petrobras investiu US$ 338,75 milhões em metade de uma empresa que não havia, sequer, gerado lucro. Aliás, a refinaria Pasadena Refining System não tinha capacidade para refinar petróleo brasileiro, considerado pesado. Para tanto, seria preciso um investimento de mais US$ 1,5 bilhão.

À época, Dilma Rousseff era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Agora, como veio à tona o investimento furado, o Palácio do Planalto divulgou uma nota, alegando que "Dilma Rousseff concordou com o investimento, pois recebeu informações incompletas". O tipo de discurso é antigo e nos remete a Lula, que também desconversava sobre o Mensalão.

O investimento furado é emblemático para revelar a incompetência de Dilma Rousseff à frente de qualquer negócio. Dilma é Lula. Lula é Dilma.

E revela, também, que precisamos privatizar a Petrobras o quanto antes.

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